Convicto do próprio critério, Muricy diz que até Pelé seria banco como Borges

Ao saber das declarações de Borges, que estava insatisfeito por ter começado no banco contra o Cruzeiro, na última quarta-feira, o técnico Muricy Ramalho logo disse, após o jogo, que gostava de jogador que não se acomodava. Nesta sexta-feira o treinador do São Paulo voltou a dizer que considerou o desabafo do atacante normal. Mas explicou que seguiu um critério para escolher Dagoberto e Washington como titulares. Borges poderia ser até o Pelé que não começaria, justificou o comandante.

- Na semana do jogo contra o Palmeiras esperei o Borges para ser titular, mas ele estava com dor de cabeça, não poderia jogar, e respeitei. Ele ficou o fim de semana em casa, descansando. Segui um critério e sou justo. O Dagoberto e o Washington jogaram muito bem. Pode ser o Pelé, se os outros dois que entraram foram bem, não tem jeito, é o critério. Sei que o atleta fica chateado, eu também era assim quando jogava. Mas não rasgo dinheiro, o colega foi bem - explicou o treinador.

Perguntado se Dagoberto e Washington também agradaram contra o Cruzeiro, Muricy disse que sim, deixando no ar a possibilidade de Borges seguir como reserva neste domingo, também contra os mineiros, no Morumbi, pelo Brasileiro. De qualquer forma, o comandante não viu maldade nas declarações do camisa 17, pois se fosse diferente, o atleta já estaria cortado.

- Sou o tipo de treinador que se vejo maldade, o cara nem concentra. Não tem esse papo de sentimento, não tem mais ou menos. Se erra não é nem relacionado. Eu não trabalho com gente ruim, e olha que tem um monte no futebol. Ele falou que nos respeita, foi tranquilo. Não vamos precisar conversar a respeito, já falei com ele em outras ocasiões.

Logo após o jogo de quarta, Borges chegou a deixar no ar que repensaria se deveria renovar o contrato com o São Paulo em dezembro ou se deveria tentar o futuro em outro clube. O treinador preferiu não opinar sobre isso, mas ressaltou que o Tricolor é maior do que jogadores e treinadores.

- Isso é coisa particular, problema dele, cada um tem seu contrato e sua vida. Eu que trouxe ele para cá, tive até que discutir com alguns. Mas esse negócio de brecar jogador nunca fiz, não fico chorando. Disseram que o São Paulo acabou uma dez vezes, saiu Mineiro, Josué, mas o clube não acaba. Isso aqui é muito grande, tem história. O Borges é livre e tem que escolher o que vai fazer, mas claro que a pessoa não tem que ficar falando - acrescentou o técnico, em tom de conselho.

Com total apoio ao elenco são-paulino, treinador avisa: 'Estamos muito vivos'

Apesar de ainda não estar jogando o futebol de quando foi campeão brasileiro e ter perdido por 2 a 1 para o Cruzeiro , no Mineirão, pelo primeiro jogo das quartas de final da Libertadores , o técnico Muricy Ramalho fez questão de avisar que o São Paulo está mais vivo do que nunca tanto na competição continental e no campeonato nacional. O treinador revelou que conversou com o grupo e deu total confiança ao elenco para as próximas partidas.

Neste domingo, o Tricolor encara o Cruzeiro novamente, mas desta vez pelo Brasileiro, e no Morumbi. Sobre o futebol ainda abaixo do esperado, Muricy lamentou o fato de ter mais contusões graves nesta temporada do que nas anteriores. Mas declarou publicamente a aposta no elenco.

- Esse ano é um pouco diferente porque tivemos muitas contusões sérias. Mas a gente usa a experiência e continua trabalhando. Acredito nesse time, estamos muito vivos nas competições, as pessoas que não se enganem. Por isso temos a sensação de que vai dar certo. Esse time tem muito a dar ainda - elogiou o treinador.

A atitude de Muricy foi diferente da de Vanderlei Luxemburgo, técnico do Palmeiras, que lamentou não ter um jogador diferenciado no time após o empate por 1 a 1 com o Nacional (URU), na última quinta, pela Libertadores. O treinador são-paulino não faz críticas públicas ao time que comanda.

- Já conversei com o grupo. É que eu não sou de mostrar muito as coisas que dão certo. A conversa é boa, forte, por isso que a gente tem essa convicção. Não dou recado pela imprensa para jogador nenhum. Eles estão trabalhando bem e por isso estão vivos. O telhado é forte aqui, e por isso que esse clube tem essa competência e estrutura. Paixão só não funciona - acrescentou Muricy.

Washington reclama: 'Nos últimos dois jogos, não tive chance para lamentar'

O jejum de seis jogos sem fazer gols com a camisa do São Paulo está incomodando o atacante Washington. Mas o atacante, em entrevista concedida na tarde desta quinta-feira, no CT da Barra Funda, disse que não pode ser responsabilizado sozinho por isso. O camisa 9 lembrou que vem atuando como pivô, de costas para o gol, ao contrário do que está acostumado.

- Nos últimos dois jogos, eu nem tive chance para lamentar. Quando um centroavante não consegue criar oportunidades, é muito ruim. É muito mais fácil quando jogo de frente. De costas, estou procurando fazer a parede e abrir espaços para os companheiros.

O atacante deixou claro que uma hora a fase vai mudar. Ele espera que isso aconteça já no clássico de domingo, contra o Palmeiras , pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.

- Quando o resultado não vem, é normal perder o foco e a confiança. Primeiramente, temos que vencer o Palmeiras para recuperar a confiança. E, quando voltarmos a vencer, voltar a jogar bem e marcar gols acontecerão na sequência.

Ceni inicia segunda etapa de recuperação

Empenhado em sua recuperação após a cirurgia no tornozelo esquerdo, feita em abril, Rogério Ceni iniciou nesta segunda-feira a segunda etapa de sua reabilitação. O goleiro apareceu no Reffis do São paulo para começar um trabalho de fisioterapia mais intenso que o feito até agora. As informações são do site oficial do clube.

Rogério ficou cerca de seis horas na sala de musculação no Reffis tricolor. Esta etapa da recuperação compreende um trabalho mais intenso de exercícios para incentivar a volta de movimentos do tornozelo. Além disso, o trabalho promove um fortalecimento muscular da região.

O goleiro tricolor lesionou-se durante treino no dia 13 de abril e foi operado no mesmo dia. Após repouso absoluto nos primeiros dias, iniciou o tratamento em casa, acompanhado por um fisioterapeuta do clube.

Tempo sem jogos faz Muricy pensar em força máxima no início do Brasileiro

Antes mesmo de saber que a partida contra o Chivas havia sido adiada em uma semana, o técnico Muricy Ramalho comentou sobre o tempo de preparação sem jogos que o São Paulo terá pela frente (a equipe terá mais dez dias até o próximo jogo, a estreia do Brasileiro). O comandante tricolor lembrou que a eliminação na semifinal do Paulista deu mais tempo ao time, e já fala em escalar força máxima também neste início do nacional.

- Tudo é momento. Este ano foi um pouco diferente. Saímos antes do Paulista e tivemos duas semanas para nos preparar. Pode ser que eu coloque o melhor time nos dois jogos. Eu gosto de colocar os que estão em boa fase e na condição física ideal - disse.

O primeiro compromisso são-paulino no Brasileiro é contra o Fluminense, domingo, 10 de maio, no Maracanã. Muricy disse que vai analisar com mais detalhes o adversário para não ser surpreendido.

- Eu queria ver o Fluminense porque vamos enfrentá-los no primeiro jogo do Brasileiro. Vi apenas o primeiro tempo e mais um pouco. Tenho de ver futebol, sou obrigado a estar por dentro. Não gosto de estar mal informado.